O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,16% em janeiro, ficando em linha com as expectativas do mercado financeiro, que projetava avanços entre 0,14% e 0,17%, informou nesta terça-feira, 11, pelo IBGE.
Embora haja uma desaceleração de 0,36 ponto percentual em relação a dezembro, quando a inflação subiu 0,52%, o grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,96% no mês passado, o quinto aumento consecutivo.
Destaque para a cenoura, que teve alta de 36,14%.
“A alimentação no domicílio subiu 1,07%, influenciada pelas altas da cenoura (36,14%), do tomate (20,27%), e do café moído (8,56%). Por outro lado, sobressaíram as quedas da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%)”, informou o IBGE.
A alimentação fora do domicílio desacelerou em janeiro, mesmo assim os preços para que come foram de casa subiram 0,67% no mês passado.
A desaceleração do IPCA em janeiro é atribuída à queda de 14,21% no preço médio da energia elétrica residencial.
Pressionado pela alta de preço dos alimentos, o presidente Lula (PT) afirmou na quarta-feira, 5, que a inflação no Brasil está “razoavelmente controlada”.
“A nossa preocupação é apenas evitar que os preços dos alimentos continuem prejudicando o povo brasileiro. É por isso que temos feito reuniões sistemáticas com os setores”, disse o petista em entrevista a rádios mineiras.
“Estamos trabalhando com a ideia de que, primeiro, vamos controlar a inflação. Nós queremos dizer ao povo de Minas Gerais que o reajuste que poderá ser feito na Petrobras, tanto no diesel quanto em outros produtos da Petrobras, ainda estão menor do que estavam em dezembro de 2022″, acrescentou, em uma tentativa de comparar a sua gestão a de Jair Bolsonaro (PL).
“Nós temos consciência que nós vamos baixar a inflação, nós temos consciência que vamos baixar o custo de vida, e nós temos consciência que a cesta básica vai ficar mais acessível ao povo brasileiro”, continuou.
O petista afirmou na quinta, 6, que o povo é importante para controlar o preço dos produtos.
Segundo Lula, a solução seria “não comprar” o que está caro.
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Você sabe disso. Se você vai no supermercado aí em Salvador e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Olha, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que ele acha está caro, quem está vendendo vai ter que abaixar para vender, porque se não vai estragar“, disse em entrevista a um veículo da Bahia.
Em contrapartida, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ofereceu ao governo Lula uma sugestão para controlar a inflação e a alta do preço dos alimentos.
“A população está sofrendo muito com o preço da comida. E a melhor forma de controlar preço do alimento é controlar o gasto público“, escreveu o deputado no X.