As empresas estatais federais registraram um prejuízo de R$ 2,73 bilhões entre janeiro e abril deste ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Trata-se do maior rombo da série histórica, iniciada em 2002 pela autarquia.
As empresas estatais federais registraram um prejuízo de R$ 2,73 bilhões entre janeiro e abril deste ano, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Trata-se do maior rombo da série histórica, iniciada em 2002 pela autarquia.
O desempenho negativo reforça as preocupações com o quadro fiscal do país. Em abril, a dívida bruta do governo geral — que inclui União, INSS, estados e municípios — subiu para R$ 9,2 trilhões, o equivalente a 76,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Houve alta de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior.
O indicador é um dos principais termômetros usados por investidores para avaliar a sustentabilidade fiscal do país. A trajetória da dívida preocupa o mercado, especialmente com a Selic em patamar elevado.
Cerca de metade dos títulos públicos são atrelados à taxa básica de juros, hoje em 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. Cada ponto percentual de alta na Selic, mantido por 12 meses, eleva a dívida em cerca de R$ 50 bilhões.
Pela metodologia do FMI, a dívida bruta brasileira chegou a 88,5% do PIB em abril, acima dos 88,3% registrados no mês anterior.